Atividade física, exercício físico e comportamento sedentário
Definições e impactos nas saúde
A atividade física pode ser definida como qualquer movimento corporal produzido pela contração dos músculos esqueléticos que resulta num aumento substancial das necessidades energéticas (calóricas) acima do gasto energético de repouso,(1) e contempla diferentes formas, umas mais informais e incidentais enquadradas nas atividades da vida diária, no trabalho (levantar, carregar ou outras tarefas ativas) e nas atividades domésticas (limpeza, de cuidado, jardinagem ou outras tarefas), ou noutras mais deliberadas e planeadas, como o exercício físico e o desporto.(2) Portanto, atividade física e exercício físico não são sinónimos. O exercício físico é um tipo de atividade física que consiste em movimentos corporais planejados, estruturados e repetitivos, realizados para melhorar e/ou manter um ou mais componentes da aptidão física (corrida, musculação, futebol, etc).(1) Isto vai além de uma questão conceitual, pois diferentes formas de atividade/exercício físico têm diferentes impactos na nossa saúde e qualidade de vida.
A evidência científica dos benefícios para a saúde da prática de atividade física, assim como dos riscos associados ao comportamento sedentário, já está bem estabelecida na literatura.(3)
Em adultos e idosos, a prática regular de atividade/exercício físico está associada a menores taxas de mortalidade total, de mortalidade por DCV, de mortalidade por cancro e a menores incidências de DCV, de cancro da mama e do cólon.(3-5) Adicionalmente, o comportamento sedentário (total de horas sentado/deitado por dia) está associado ao aumento da taxa de mortalidade total e mortalidade por DCV, independente da prática de atividade física, com um risco ainda maior quando o tempo sentado é superior a 6/8 horas por dia. E, mais especificamente, as taxas de mortalidade, mortalidade por DCV e a incidência de cancro e DM2, aumentam significativamente quando o tempo sentado à frente da televisão supera as 3/4 horas por dia.(6)
Em relação à saúde mental, as evidências dos benefícios associados à prática regular de atividade física também já estão bem documentadas na literatura, estando associada à menor incidência de depressão, de depressão clínica e de sintomas da depressão. Mesmo em níveis abaixo das recomendações de saúde pública, como, por exemplo, completar de 75 a 150 minutos de caminhada rápida por semana, já se observa um menor risco de desenvolver depressão, indicando assim, que é possível obter benefícios quando se passa de nenhuma atividade para pelo menos alguma.(7,8) O impacto no sono também já é reconhecido, sendo a prática de atividade física regular associada à melhora de marcadores da qualidade do sono.(9)
A relação da prática regular de atividade/exercício físico e a redução do risco de morte e de desenvolver DCNT é dose-dependente, ou seja, quanto menos sedentário e mais fisicamente ativo, melhor para sua saúde.(3)
Assim, todas as formas de atividade física, se forem realizadas regularmente e com duração suficiente, independentemente da intensidade, podem proporcionar benefícios para a saúde.(2,10) Por exemplo, o simples fato de dar mais passos durante o dia já está associado a um menor risco de morte. Num estudo que comparou o efeito do número de passos diários na mortalidade, observou-se que as taxas de mortalidade total e mortalidade por DCV foram menores em 40 % e 35 %, respetivamente, nos indivíduos que davam mais passos (cerca de 9000/dia) em comparação com os que davam menos passos (cerca de 4000/dia).(11)
O cenário em Portugal
Em 2021, a atividade física insuficiente foi o 12º fator de risco de nível 2 ao qual são atribuídas mais mortes (17,6 mortes por 100 mil), em Portugal, sendo este número ainda maior quando estratificado por idade. Para os indivíduos com mais de 55 e mais de 70 anos, as mortes atribuídas a este fator de risco foram de 47,4 e 95,7 por 100 mil, respetivamente.(12)
Dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS), recolhidos em 2019,(13) revelam que 65% da população portuguesa, com 15 anos de idade ou mais, indica nunca praticar qualquer tipo de exercício físico (atividades desportivas ou de lazer), sendo que apenas 9% o reporta fazer em, pelo menos, 5 dias por semana. A proporção de pessoas que refere nunca praticar exercício físico aumenta com o aumento da idade, chegando a ser superior a 70% a partir da idade da reforma, e, para o mesmo intervalo de idades, a ausência de prática é sempre superior nas mulheres.(14)
Em relação ao comportamento sedentário diário, 63% dos inquiridos reportou passar menos de 6 horas sentado num dia normal (47% reportou passar menos de 4 horas na posição de sentado) e apenas 25% reportou que essa duração era de 8 horas ou superior. Estes parecem estar especialmente subestimados, com apenas 25% da população inquirida a reportar 8 horas ou mais de comportamento sedentário diário. Se consideramos que esta categoria incluiu o tempo passado a trabalhar e lhe juntarmos o facto de, noutro conjunto de indicadores, 50,7% dos inquiridos ter indicado que a principal forma de desempenho das tarefas diárias é “sentado ou em pé (atividades que envolvem um esforço físico ligeiro)”, é possível que estes números tenham que ser interpretados com cautela.(13,14)
Tipos de atividade/exercício físico e recomendações
Conforme descrito, embora os benefícios para a saúde de manter-se fisicamente ativo estejam bem estabelecidos, é importante entender que nem todo o exercício físico contribui da mesma forma para a saúde e qualidade de vida. De forma simples, os exercícios físicos podem ser classificados em exercícios aeróbicos (EA) e exercícios resistidos (ER) (ou exercícios com cargas).(15) Os exercícios aeróbicos impõem uma alta frequência (repetição) e baixa exigência de potência (carga) na contração muscular, e podem durar de alguns minutos à várias horas, em diversas intensidades, como o ciclismo, a corrida, a natação, saltar corda e outros.(16) Os ER, por sua vez, impõem uma exigência de baixa frequência e alta resistência, e geralmente abrangem atividades de curta duração em intensidades altas ou máximas, como o levantamento de peso olímpico, a musculação e os eventos de arremesso.(16) Outros autores definem estes últimos como exercícios periódicos nos quais pesos externos fornecem sobrecarga progressiva aos músculos esqueléticos, que podem incluir aparelhos de musculação, bandas elásticas, halteres ou o próprio peso corporal (por exemplo, flexões e agachamentos).(17) Embora haja sobreposição entre as duas modalidades, a intensidade e a duração do exercício produzem sinais moleculares distintos que resultam em adaptações fisiológicas diferentes.(15)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que adultos, façam, pelo menos, 150 à 300 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou, pelo menos, 75 à 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa, ou uma combinação equivalente de atividade de intensidade moderada e vigorosa, ao longo da semana e, para benefícios adicionais, recomenda realizar atividades de fortalecimento muscular de intensidade moderada ou superior, que envolvam todos os principais grupos musculares por dois ou mais dias por semana. Para idosos, acresce-se a recomendação de incluir atividades físicas que enfatizem o equilíbrio funcional e treinos de força, de intensidade moderada ou superior, por três dias na semana.(18)
As diretrizes da OMS são muito similares às da Universidade Americana de Medicina Esportiva (ACSM),(1) e é extremamente positivo que incluam recomendações para os ER, especialmente para os idosos. No entanto, estes são mencionados como “benefícios adicionais” e alguns autores acreditam que os ER deveriam ter maior destaque, considerando as evidências já estabelecidas e as emergentes, de que o ER pode, em muitos aspetos, promover benefícios para a saúde semelhantes aos obtidos pela prática de EA, e que, quando combinadas, estas duas modalidades de exercícios, têm um impacto ainda maior para a saúde e qualidade de vida.(15,17,19,20)
Exercício resistido (ER), força e massa muscular
Existem registros da prática de ER realizados com pedras desde a Grécia Antiga, muitos destes retratados em forma de escultura. Na história recente, os ER estavam associados às competições de desempenho físico, com a introdução do levantamento de peso nos Jogos Olímpicos de Atenas de 1896 e à estética, com o aumento da popularidade das competições de fisiculturismo nas décadas de 1960 e 1970. Mais recentemente, a partir dos anos 2000, considerando a evidência científica do impacto da prática crónica de ER na saúde, esta modalidade começou a ser incluída nas diretrizes de saúde pública nacionais e globais e sua relevância tem sido cada vez mais reconhecida no meio médico.(20)
Composição corporal, saúde músculo-esquelética e sarcopenia
Os benefícios da prática regular de ER, como o aumento da força, potência e massa muscular (hipertrofia),(21-24) bem como os relacionados com a melhora da composição corporal (proporção de massa muscular e massa gorda) pela contribuição para o emagrecimento e preservação da massa magra, massa muscular e força durante este processo, são reconhecidos na literatura científica(25-28) e talvez sejam os mais conhecidos pela população em geral.
No entanto, além do impacto na composição corporal, na última década, e considerando o envelhecimento da população mundial, os ER têm ganhado maior atenção no meio científico, pelo seu potencial em retardar a sarcopenia e reduzir os riscos associados.(29,30)
A sarcopenia é definida como uma doença da musculatura esquelética, caracterizada pela perda de massa muscular e pelo declínio da força e da função muscular, relacionados com o avançar da idade.(31) Estima-se que a sarcopenia afete de 10 a 16 % da população em geral, globalmente, sendo significativamente maior em indivíduos com doenças crónicas ou outras condições de saúde, variando de 18 % para indivíduos com diabetes a 66 % para pacientes com cancro do esofágo ou com insuficiência cardíaca.(32,33)
A sarcopenia pode ser considerada um problema de saúde pública, pela sua associação a uma série de desfechos negativos de saúde.(34) Está associada ao aumento do risco de quedas e fraturas, de incapacidade e de hospitalização, bem como à piora da qualidade de vida, à perda de independência e funcionalidade e ao aumento da mortalidade prematura.(34-40)
Embora os mecanismos fisiopatológicos da sarcopenia sejam complexos, a sua causa está relacionada aos mecanismos moleculares intrínsecos do envelhecimento, doenças crónicas, desnutrição e imobilidade.(32) E, dentre os principais fatores de risco, encontram-se a inatividade física, hábitos tabágicos, acúmulo de gordura visceral (obesidade abdominal), desnutrição e algumas doenças crónicas – embora sejam necessários estudos com maior qualidade da evidência para robustecer estas associações.(33)
Considerando o ER, como principal fator para o aumento de força, potência e massa muscular, o seu efeito na prevenção e tratamento da sarcopenia já é bastante reconhecido na literatura científica.
O ER (independente de intervenção nutricional) – assim como a sua combinação com EA e exercícios de equilíbrio – é a intervenção mais eficaz para melhorar a qualidade de vida, a funcionalidade, a mobilidade, o desempenho físico e a força de idosos com sarcopenia.(15,41-44) Adicionalmente, pode ser considerado uma estratégia preventiva altamente eficaz para retardar e atenuar os efeitos negativos da sarcopenia, tanto nas fases mais iniciais, quanto nas mais avançadas(45) e parece ter potencial para reverter a sarcopenia em idosos com mais de 80 anos, isto é, alcançar parâmetros de força e desempenho físico de idosos não-sarcopénicos.(46)
Funções cognitivas, saúde metabólica e mortalidade
Além do declínio da massa muscular, está bem estabelecido que o declínio da função cognitiva acompanha o envelhecimento. O risco de declínio cognitivo é exacerbado pela inatividade física. A prática de ER demonstrou efeitos positivos na capacidade cognitiva executiva e na função cognitiva global de adultos.(47) Especificamente para os idosos, a prática de ER duas vezes por semana por longos períodos (≥16 semanas) e em intensidade moderada melhorou a função cognitiva.(48)
Já é reconhecido que a inatividade física e o ganho de massa gorda são características da obesidade e os principais impulsionadores da resistência à insulina e do desenvolvimento de diabetes tipo 2 (DM2). A prática de atividade física em indivíduos com excesso de peso, independentemente da perda de peso, é uma estratégia eficaz para controlar a obesidade e a DM2. No entanto, embora o ER seja eficaz para a perda de peso de indivíduos com excesso de peso e com obesidade, melhore alguns marcadores cardiometabólicos e melhore o controlo glicémico em idosos com DM2, não parece haver diferença clinicamente significativa entre os ER e os EA, especialmente quanto à redução de marcadores da DM2 (hemoglobina glicada e outros).(15,49) Embora a evidência ainda seja emergente, tanto os ER quanto os EA parecem melhorar a saúde metabólica, independentemente do aumento da massa muscular; e a combinação destas duas modalidades parece ser superior a cada uma individualmente, no controlo da DM2 e da obesidade.(15)
Embora a quantidade/frequência ótima ainda não esteja clara, a evidência atual aponta para uma redução significativa de mortalidade total, mortalidade por DM2, por cancro (total e alguns subtipos) e por doenças cardiovasculares, com a prática regular de ER, independentemente da prática de EA.(15,50-53)
Conclusão
- O simples fato de dares mais passos e te manteres fisicamente ativo, reduzirá o risco de desenvolver doenças crónicas e te dará mais anos de vida. Cada passo conta, por isso, evita ficar muitas horas sentado, levanta-te sempre que puderes e procura fazer algumas das tarefas e atividades a pé;
- Cria uma rotina de exercícios físicos regular, seguindo, pelo menos, as recomendações da OMS, incluindo tanto exercícios aeróbicos quanto exercícios resistidos;
- Dá o devido valor aos exercícios resistidos (com cargas). Embora fazer caminhadas, correr, passear o cão, nadar, andar de bicicleta e outros exercícios com uma componente principal aeróbica sejam atividades excelentes para a saúde, é importante também “puxar ferro”, ou seja, praticar exercícios como crossfit, calisténia, musculação no ginásio ou mesmo treinos em casa, com bandas elásticas, halteres e até com o próprio peso do corpo. Se ainda não treinas, encontra a melhor modalidade que se aplica à tua rotina e preferência e dá o primeiro passo. Se possível, procura a ajuda de um profissional do exercício físico;
- A prática crónica de exercícios resistidos não só melhorará a composição corporal, como a saúde cardiometabólica, e contribuirá para seres um idoso ativo, funcional e com maior possibilidade de desfrutar a vida. Conquistar massa e força muscular enquanto jovem é contribuir para uma maior garantia de qualidade de vida no presente e futuro. Não basta conquistar mais anos de vida vida, mas também mais vida aos anos que te esperam no futuro!
Cada passo conta. E cada peso também. E não precisa ser muito!
Referências
- American College of Sports Medicine, Liguori G, Feito Y, Fountaine C, Roy BA. ACSM’s Guidelines for Exercise Testing and Prescription. 11th ed. Wolters Kluwer; 2022.
- World Health Organization. Global action plan on physical activity 2018–2030: more active people for a healthier world. Geneva: World Health Organization; 2018. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.
- Posadzki P, Pieper D, Bajpai R, et al. Exercise/physical activity and health outcomes: an overview of Cochrane systematic reviews. BMC Public Health. 2020;20:1724. doi:10.1186/s12889-020-09855-3.
- Garcia L, Pearce M, Abbas A, et al. Non-occupational physical activity and risk of cardiovascular disease, cancer and mortality outcomes: a dose-response meta-analysis of large prospective studies. Br J Sports Med. 2023;57(15):979-989. doi:10.1136/bjsports-2022-105669.
- Rezende LFM, Sá TH, Markozannes G, et al. Physical activity and cancer: an umbrella review of the literature including 22 major anatomical sites and 770 000 cancer cases. Br J Sports Med. 2018;52(13):826-833.
- Patterson R, McNamara E, Tainio M, de Sá TH, Smith AD, Sharp SJ, Edwards P, Woodcock J, Brage S, Wijndaele K. Sedentary behaviour and risk of all-cause, cardiovascular and cancer mortality, and incident type 2 diabetes: a systematic review and dose-response meta-analysis. Eur J Epidemiol. 2018;33(9):811-829. doi:10.1007/s10654-018-0380-1.
- Pearce M, Garcia L, Abbas A, et al. Association between physical activity and risk of depression: a systematic review and meta-analysis. JAMA Psychiatry. 2022;79(6):550-559. doi:10.1001/jamapsychiatry.2022.0609.
- Choi KW, Chen CY, Stein MB, et al. Assessment of bidirectional relationships between physical activity and depression among adults: a 2-sample Mendelian randomization study. JAMA Psychiatry. 2019;76(4):399-408. doi:10.1001/jamapsychiatry.2018.4175.
- De Nys L, Anderson K, Ofosu EF, Ryde GC, Connelly J, Whittaker AC. The effects of physical activity on cortisol and sleep: a systematic review and meta-analysis. Psychoneuroendocrinology. 2022;144:105843. doi:10.1016/j.psyneuen.2022.105843.
- Ekelund U, Tarp J, Steene-Johannessen J, et al. Dose-response associations between accelerometry measured physical activity and sedentary time and all-cause mortality: systematic review and harmonised meta-analysis. BMJ. 2020;368. doi:10.1136/bmj.l4570.
- Sheng M, Yang J, Bao M, et al. The relationships between step count and all-cause mortality and cardiovascular events: a dose-response meta-analysis. J Sport Health Sci. 2021;10(5):575-583. doi:10.1016/j.jshs.2021.09.004.
- Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME). GBD Compare Data Visualization. Seattle, WA: IHME, University of Washington, 2024. Disponível em http://vizhub.healthdata.org/gbd-compare.
- INE. Inquérito Nacional de Saúde 2019. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, I.P; 2020.
- PNPAF
- Abou Sawan S, Nunes EA, Lim C, McKendry J, Phillips SM. The health benefits of resistance exercise: beyond hypertrophy and big weights. Exerc Sport Mov. 2022;1(1). doi:10.1249/ESM.0000000000000001.
- Egan B, Zierath JR. Exercise metabolism and the molecular regulation of skeletal muscle adaptation. Cell Metab. 2013;17(2):161-167. doi:10.1016/j.cmet.2012.12.012.
- Phillips SM, Winett RA. Uncomplicated resistance training and health-related outcomes: evidence for a public health mandate. Curr Sports Med Rep. 2010;9(4):208-213. doi:10.1249/JSR.0b013e3181e7da73.
- WHO guidelines on physical activity and sedentary behaviour: at a glance. Geneva: World Health Organization; 2020.
- Mcleod JC, Stokes T, Phillips SM. Resistance exercise training as a primary countermeasure to age-related chronic disease. Front Physiol. 2019;10:645. doi:10.3389/fphys.2019.00645.
- Bennie JA, Shakespear-Druery J, De Cocker K. Muscle-strengthening exercise epidemiology: a new frontier in chronic disease prevention. Sports Med Open. 2020;6:40. doi:10.1186/s40798-020-00271-w.
- Joanisse S, Lim C, McKendry J, et al. Recent advances in understanding resistance exercise training-induced skeletal muscle hypertrophy in humans [version 1; peer review: 2 approved]. F1000Research. 2020;9(F1000 Faculty Rev):141. doi:[DOI, se disponível].
- Lim C, Nunes EA, Currier BS, McLeod JC, Thomas ACQ, Phillips SM. An evidence-based narrative review of mechanisms of resistance exercise-induced human skeletal muscle hypertrophy. Med Sci Sports Exerc. 2022;54(9):1546-1559.
- Garber CE, Blissmer B, Deschenes MR, et al. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Med Sci Sports Exerc. 2011;43(7):1334-1359. doi:10.1249/MSS.0b013e318213fefb.
- Grgic J, McIlvenna LC, Fyfe JJ, et al. Does aerobic training promote the same skeletal muscle hypertrophy as resistance training? A systematic review and meta-analysis. Sports Med. 2018;48(8):1675-1691. doi:10.1007/s40279-018-1008-z.
- Beavers KM, Ambrosius WT, Rejeski WJ, et al. Effect of exercise type during intentional weight loss on body composition in older adults with obesity. Obesity (Silver Spring). 2017;25(11):1823-1829. doi:10.1002/oby.21977.
- Westerterp KR, Yamada Y, Sagayama H, et al. Physical activity and fat-free mass during growth and in later life. Am J Clin Nutr. 2021;114:1583-1589.
- Sardeli AV, Komatsu TR, Mori MA, Gáspari AF, Chacon-Mikahil MPT. Resistance training prevents muscle loss induced by caloric restriction in obese elderly individuals: a systematic review and meta-analysis. Nutrients. 2018;10(4):423. doi:10.3390/nu10040423.
- Cava E, Yeat NC, Mittendorfer B. Preserving healthy muscle during weight loss. Adv Nutr. 2017;8:511-519. doi:10.3945/an.116.014506.
- Yuan D, Jin H, Liu Q, Zhang J, Ma B, Xiao W, Li Y. Publication trends for sarcopenia in the world: a 20-year bibliometric analysis. Front Med. 2022;9:802651. doi:10.3389/fmed.2022.802651.
- Rodrigues F, Domingos C, Monteiro D, Morouço P. A review on aging, sarcopenia, falls, and resistance training in community-dwelling older adults. Int J Environ Res Public Health. 2022;19(2):874. doi:10.3390/ijerph19020874.
- Kirk B, Cawthon PM, Arai H, et al. The conceptual definition of sarcopenia: Delphi consensus from the Global Leadership Initiative in Sarcopenia (GLIS). Age Ageing. 2024;53. doi:10.1093/ageing/afae052.
- Damluji A A, Alfaraidhy M, AlHajri N, et al. Sarcopenia and cardiovascular diseases. Circulation. 2023; 147:1534–1553. doi:10.1161/CIRCULATIONAHA.123.064071.
- Yuan S, Larsson SC. Epidemiology of sarcopenia: prevalence, risk factors, and consequences. Metabolism. 2023;xx:155533. doi:10.1016/j.metabol.2023.155533.
- Beaudart C, Zaaria M, Pasleau F, Reginster J-Y, Bruyère O. Health outcomes of sarcopenia: a systematic review and meta-analysis. PLoS ONE. 2017;12(1). doi:10.1371/journal.pone.0169548.
- Beaudart C, Demonceau C, Reginster J-Y, Locquet M, Cesari M, Cruz-Jentoft AJ, Bruyère O. Sarcopenia and health-related quality of life: a systematic review and meta-analysis. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle. 2023;14:1228–1243. doi:10.1002/jcsm.13243.
- Zhang X, Huang P, Dou Q, Wang C, Zhang W, Yang Y, Wang J, Xie X, Zhou J, Zeng Y. Falls among older adults with sarcopenia dwelling in nursing homes or the community: A meta-analysis. Clin Nutr. 2019;38(3):1354-1361. doi:10.1016/j.clnu.2019.01.002.
- Cawthon PM, Blackwell T, Cummings SR, Orwoll ES, Duchowny KA, Kado DM, Stone KL, Ensrud KE, Cauley JA, Evans WJ. Muscle mass assessed by the D3-creatine dilution method and incident self-reported disability and mortality in a prospective observational study of community-dwelling older men. J Cachexia Sarcopenia Muscle. 2023;14:1228–1243. doi:10.1002/jcsm.13243.
- Cawthon PM, Manini T, Patel SM, Newman A. Putative cut-points in sarcopenia components and incident adverse health outcomes: An SDOC analysis. J Am Geriatr Soc. 2020;68(4):1-9. doi:10.1111/jgs.16500.
- Xu J, Wan CS, Ktoris K, Reijnierse EM, Maier AB. Sarcopenia is associated with mortality in adults: a systematic review and meta-analysis. Gerontology. 2022;68:361-376. doi:10.1159/000517099.
- de Santana FM, Premaor MO, Tanigava NY, Pereira RMR. Low muscle mass in older adults and mortality: a systematic review and meta-analysis. Exp Gerontol. 2021;152:111461. doi:10.1016/j.exger.2021.111461.
- Chen N, He X, Feng Y, Ainsworth BE, Liu Y. Effects of resistance training in healthy older people with sarcopenia: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Eur Rev Aging Phys Act. 2021;18(1):23. Published 2021 Nov 11. doi:10.1186/s11556-021-00277-7
- Shen Y, Shi Q, Nong K, Li S, Yue J, Huang J, Dong B, Beauchamp M, Hao Q. Exercise for sarcopenia in older people: A systematic review and network meta-analysis. J Cachexia Sarcopenia Muscle. 2023;14:1199–1211. doi:10.1002/jcsm.13225.
- Chen YC, Chen WC, Liu CW, Huang WY, Lu I, Lin CW, Huang RY, Chen JS, Huang CH. Is moderate resistance training adequate for older adults with sarcopenia? A systematic review and network meta-analysis of RCTs. Eur Rev Aging Phys Act. 2023;20:22. doi:10.1186/s11556-023-00333-4.
- Zhao H, Cheng R, Song G, Teng J, Shen S, Fu X, Yan Y, Liu C. The effect of resistance training on the rehabilitation of elderly patients with sarcopenia: a meta-analysis. Int J Environ Res Public Health. 2022;19:15491. doi:10.3390/ijerph192315491.
- Talar K, Hernández-Belmonte A, Vetrovsky T, Steffl M, Kałamacka E, Courel-Ibáñez J. Benefits of resistance training in early and late stages of frailty and sarcopenia: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled studies. J Clin Med. 2021;10:1630. doi:10.3390/jcm10081630.
- Mende E, Moeinnia N, Schaller N, Weiß M, Haller B, Halle M, Siegrist M. Progressive machine-based resistance training for prevention and treatment of sarcopenia in the oldest old: a systematic review and meta-analysis. Exp Gerontol. 2022;163:111767. doi:10.1016/j.exger.2022.111767.
- Landrigan JF, Bell T, Crowe M, et al. Lifting cognition: a meta-analysis of effects of resistance exercise on cognition. Psychol Res. 2020;84(5):1167–83. doi:10.1007/s00426-019-01145-x.
- Coelho-Junior H, Marzetti E, Calvani R, et al. Resistance training improves cognitive function in older adults with different cognitive status: a systematic review and meta-analysis. Aging Ment Health. 2022;26(2):213–24. doi: 10. 1080/13607863.2020.1857691.
- Ashton RE, Tew GA, Aning JJ, Gilbert SE, Lewis L, Saxton JM. Effects of short-term, medium-term and long-term resistance exercise training on cardiometabolic health outcomes in adults: systematic review with meta-analysis. Br J Sports Med. 2020;54(6):341-348. doi:10.1136/bjsports-2017-098970
- Shailendra P, Baldock KL, Li LSK, et al. Resistance training and mortality risk: a systematic review and meta-analysis. Am J Prev Med. 2022;63(2): 277–85. doi: 10.1016/j.amepre.2022.03.020.
- Momma H, Kawakami R, Honda T, Sawada SS. Muscle-strengthening activities are associated with lower risk and mortality in major non-communicable diseases: a systematic review and meta-analysis of cohort studies. Br J Sports Med. 2022; 56(13):755–63. doi: 10.1136/bjsports-2021-105061.
- Gorzelitz J, Trabert B, Katki HA, Moore SC, Watts EL, Matthews CE. Independent and joint associations of weightlifting and aerobic activity with all-cause, cardiovascular disease, and cancer mortality in the Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial. Br J Sports Med. 2022;56:1277–1283.
- Saeidifard F, Medina-Inojosa JR, West CP, et al. The association of resistance training with mortality: a systematic review and meta-analysis. Eur J Prev Cardiol. 2019;26(15):1647–65. doi: 10.1177/2047487319850718.