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A adopção de uma alimentação vegetariana tem vindo a ser normalizada na nossa sociedade, sendo já encarada como uma opção legítima para a maioria dos adultos. Entidades como a Academia de Nutrição e Dietética Norte Americana, a Universidade de Harvard e até a Direcção-Geral da Saúde, já reconhecem que a alimentação vegetariana é adequada em todas as fases do ciclo de vida humano.

Existem vários aspectos benéficos na adopção de um regime alimentar de base vegetal. Mais concretamente, uma alimentação à base de frutas, vegetais, leguminosas, cereais integrais, frutos secos e sementes, está associada a:

aumentar

Aumento da ingestão de vários fitonutrientes classificados como antioxidantes e com várias propriedades benéficas para a saúde.

aumentar

Aumento da ingestão de fibra - associado a menor obstipação, melhor saúde intestinal, diminuição dos níveis de colesterol LDL no sangue, regulação dos níveis de açúcar no sangue, entre outros benefícios.

reduzir verde

Menor ingestão de gordura saturada quando comparada a padrões alimentares não vegetarianos.

De uma forma geral, várias evidências científicas documentam menor incidência de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, obesidade e cancro na população vegetariana, podendo contribuir assim este padrão alimentar para uma maior longevidade e melhor saúde em geral.

Lembra-te! Pretendes mudar o teu padrão alimentar? Fá-lo de maneira gradual para melhor adaptação do organismo e sob orientação de uma nutricionista especializada na alimentação vegetariana.

Quais os principais cuidados a ter?

O envelhecimento é um processo natural, complexo, irreversível e progressivo, que se caracteriza por modificações morfológicas, psicológicas, funcionais e bioquímicas, que influenciam a alimentação e nutrição das pessoas.

Evidências epidemiológicas demonstram que uma alimentação e nutrição cuidada, assim como a actividade física regular, minimizam o risco de inúmeras patologias associadas ao envelhecimento. Assim, e para além dos cuidados normais que um adulto com este regime alimentar deve ter, existem cuidados particulares que indivíduos com mais de 60 anos devem acautelar e que irão ser abordados neste guia compacto.

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Acede aos nossos conteúdos educativos

sobre nutrição e de outros aspectos relativos à saúde, de forma a complementar esta informação.

Com o avançar da idade, verifica-se uma tendência para a diminuição progressiva da densidade mineral óssea, que está associada a riscos de fractura, fragilidade e até mortalidade. Assim, torna-se especialmente importante ter em conta as necessidades nutricionais de cálcio e vitamina D, uma vez que estes micronutrientes são de extrema importância para a manutenção da saúde óssea. É também necessário ter outras preocupações relacionadas com a saúde óssea, que podem ser lidas nos tópicos seguintes. Para mais informações detalhadas, acede aos nossos guias: cálcio e vitamina D.

gravidez calcio

Garantir a adequada ingestão de cálcio (através de alimentos como folhas verdes escura, chia, amêndoas, tofu, bebidas e iogurtes de soja fortificados, entre outros).

gravidez vit d

Acautelar os níveis de vitamina D, através de exposição solar cuidada e/ou suplementação.

Preservar a saúde óssea

Ser activo e preservar a massa muscular

Existe uma elevada prevalência de sarcopenia (perda de massa muscular) em idosos. Assim, é importante combater o sedentarismo, praticando algum tipo de exercício físico e outras actividades, assim como incluir regularmente na alimentação boas fontes de proteína, uma vez que parece existir, com o avançar da idade, um aumento das necessidades de ingestão de proteína.

Evidências mostram que os indivíduos com mais de 65 anos podem preservar a massa muscular através de uma combinação de actividades diárias de esforço físico e uma ingestão adequada de proteína. As actividades devem ser focadas na manutenção da força, resistência, equilíbrio e coordenação.

activo

Praticar exercícios físicos regularmente que se foquem na manutenção de força, resistência, equilíbrio e coordenação motora, idealmente sob orientação e adaptados à capacidade individual.

gravidez proteina

É recomendada a ingestão de 1 a 1,2 grama de proteína por cada kg (quilograma) de massa corporal. Alimentos como tofu, seitan, lentilhas, feijão, quinoa, frutos secos, sementes, entre outros, devem fazer parte da alimentação diária. É vantajoso também combinar a ingestão de alimentos do grupo dos cereais com alimentos do grupo das leguminosas durante o mesmo dia, para uma maior ingestão e melhor combinação de todos os aminoácidos essenciais.

Existe uma tendência para a perda de apetite com o envelhecimento, por alterações sensoriais e/ou problemas de saúde, provocando perdas de peso não intencionais e défices nutricionais. De forma a contornar esta situação, é importante incluir alimentos mais densamente calóricos e adequar a confecção dos mesmos para o máximo proveito das refeições e para uma ingestão energética adequada.

frequencia

Recomenda-se a prática de várias refeições ao dia, entre pequenas refeições e snacks.

energia calorias

Incluindo, de forma equilibrada, alimentos mais densos caloricamente, tais como manteiga de frutos secos, frutos secos, abacate, azeitonas e azeite.

chia

O uso de vinagres, especiarias e ervas aromáticas pode ser uma estratégia para uma melhoria gustativa das refeições.

Combater a redução do apetite

Vitamina B12

A ingestão desta vitamina é uma preocupação conhecida dos vegetarianos em geral, mas deve ser igualmente considerada por adultos em idade avançada, independentemente do seu regime alimentar. A prevalência do défice aumenta com a idade, e estima-se que possa afectar entre 10 a 15% da população com mais de 60 anos, pela diminuição da acidez e da atividade enzimática no estômago com o envelhecimento. Assim, é importante a monitorização dos níveis séricos da vitamina B12, de forma a averiguar a necessidade de suplementação ou ajuste da dosagem, prevenindo a situação de défice. Para mais informação importante sobre esta vitamina, acede a este guia compacto.

gravidez vit b12

Garantir a ingestão de B12 de forma conveniente passa pela escolha de um suplemento e/ou alimentos fortificados (como bebidas e iogurtes de soja fortificados, levedura nutricional com B12, entre outros alimentos).

A menor percepção da sensação de sede é bastante frequente nas pessoas idosas e determina um elevado risco de desidratação. Este facto verifica-se particularmente em casos de perdas aumentadas de líquidos (diarreias, vómitos, diuréticos), pelo que se deve ter em especial atenção a ingestão de água por este grupo.

pre treino

Beber água regularmente, mesmo não sentindo sede.

Hidratação

Não facilites!

A par dos referidos cuidados nutricionais a ter, e de forma a proteger a saúde, é importante limitar o consumo de sal, álcool e tabaco.

Procura orientação junto de um nutricionista e/ou médico assistente para delinear a melhor estratégia, de forma a acautelar a tua saúde e a dos teus.

Podes consultar a lista de nutricionistas parceiros da associação, aqui.

 

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