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Alimentação vegetariana
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O vegetarianismo, conforme frequentemente reconhecido, é um padrão alimentar que exclui o consumo de carne (onde se insere o peixe) e que pode ou não incluir derivados de origem animal (p. ex: laticínios e ovos).
A alimentação que exclui produtos de origem animal (carne e derivados) é baseada numa grande variedade de alimentos de base vegetal deliciosos (complementada com fungos e leveduras, como é o caso dos cogumelos e da levedura nutricional) e é uma porta aberta para a experiência de novas texturas e sabores. Inúmeros pratos étnicos não têm qualquer produto de origem animal, e muitos pratos tradicionais podem ser adaptados para serem integralmente vegetarianos (inclusive os pratos típicos portugueses). Existem várias sub-vertentes do conceito de vegetarianismo:
Consome laticínios e ovos e exclui o consumo de carne.
Consome laticínios mas não ovos, e exclui o consumo de carne.
Consome ovos mas não laticínios, e exclui o consumo de carne.
Não consome carne, ovos, laticínios, nem qualquer outro derivado de origem animal.
*Frequentemente designado, em linguagem comum, como vegano, ainda que o veganismo descreva um estilo de vida que procura excluir não só o consumo de alimentos de origem animal (padrão alimentar estritamente vegetariano) como também todos os produtos de origem animal, como vestuário (peles, couro, lã, seda, camurça), acessórios e adornos (pérolas, plumas, penas, marfim, etc.), produtos testados em animais (produtos de cosmética, higiene e maquilhagem) e formas de entretenimento (touradas, circos e jardins zoológicos).
O termo vegetariano é frequentemente simplificado em linguagem corrente quando se procura designar aqueles que são ovolactovegetarianos, ovovegetarianos ou lactovegetarianos, ou seja, alguém que se alimenta de cereais, hortícolas, leguminosas, frutas, sementes e frutos secos, fungos, algas, entre outros, podendo consumir derivados de origem animal, nomeadamente laticínios, ovos ou mel. Um vegetariano não consome qualquer forma de carne, o que inclui frango, porco, vaca, peixe, marisco, insectos, entre outros. De notar que, por sua vez, o vegetariano estrito não consome carne, ovos, laticínios, nem qualquer outro derivado de origem animal.
O termo vegano (que se associa ao padrão alimentar integralmente vegetariano ou vegetariano estrito) é frequentemente usado para designar aqueles que não consomem qualquer produto de origem animal, seja carne ou derivados. Isto é, que se alimentam de cereais, hortícolas, leguminosas, frutas, sementes e frutos secos, fungos, algas, entre outros, e excluem produtos de origem animal. Ainda que o conceito de veganismo se associe a um estilo de vida que vai para além da alimentação.
Têm surgido alguns novos termos mais abrangentes como o flexitarianismo, que se apresenta como um regime onde se inclui o consumo mais esporádico de carne ou pescado.
Uma alimentação de base vegetal (“plant-based”, em inglês) é, conforme o nome sugere, de “base vegetal”, na concepção da nossa organização. Assim, padrões alimentares como o ovolactovegetarianismo e o flexitarianismo traduzem-se numa alimentação maioritariamente de base vegetal (onde se incluem, por simplificação, cogumelos e levedura nutricional), mas não de forma integral, pelo que não podem ser interpretados como sendo uma alimentação de base vegetal, num sentido mais estrito.
O vegetarianismo tem sido praticado por muitos indivíduos, povos e grupos ao longo dos séculos, e em muitas partes do mundo. Vejamos:
Antes de surgir a palavra “vegetariano”, o vegetarianismo era conhecido como regime vegetal ou regime pitagórico (segundo Pitágoras, o filosofo do séc. VI A.C.)
A palavra “vegetariano” começou a ser utilizada na Inglaterra em meados do século XIX, referindo-se a uma alimentação derivada exclusivamente de vegetais
A primeira Sociedade Vegetariana de Portugal (entretanto extinta) surgiu em 1911
Em 1847 foi fundada a primeira sociedade vegetariana, a “Vegetarian Society” no Reino Unido, que tem vindo a definir consistentemente o “vegetariano” como alguém que pode ou não consumir lacticínios e ovos, sendo esta a compreensão que vigora predominantemente na sociedade actual
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