A empresa de produtos de beleza vegetariana e cruelty free, The Body Shop, será certificada como 100% vegan até ao final de 2023.
A The Body Shop, empresa britânica de cosméticos e beleza, acaba de anunciar que a The Vegan Society [A Sociedade Vegan] irá certificar todo o seu portfólio de formulações. Cerca de metade dos produtos da The Body Shop já são vegan-friendly, embora outros incluam mel, cera de abelha, lanolina e goma-laca.
The Body Shop como marca vegan
A The Body Shop tinha afirmado, anteriormente, que estava “a afastar-se da utilização de quaisquer produtos derivados de animais”, não tendo criado, desde então, quaisquer artigos novos ou adicionais com lanolina ou goma-laca. No início deste ano, até lançou uma versão actualizada do seu clássico “White Musk” numa garrafa reciclável e produzida com uma receita vegan.
“A nossa decisão em tornarmo-nos 100% vegan é o próximo passo natural para a The Body Shop”, disse o diretor de marca global da empresa, Lionel Thoreau, conforme noticiado pela Global Cosmetics News.
A cadeia também anunciou planos para implementar estações de recarga em 500 lojas, ainda este ano, e mais 300 lojas em 2022. A The Body Shop comprometeu-se a alargar o seu existente esquema de reciclagem em 800 lojas, de 14 mercados, até ao final de 2021.
A empresa declarou que, até 2025, todos os seus produtos para o corpo e cabelo serão totalmente recicláveis. Atualmente, mais de 68 por cento das embalagens da The Body Shop são recicláveis.
“A beleza vegan é o passo crítico seguinte nos nossos esforços ambientais e de sustentabilidade”, acrescentou o director. “Este passo, juntamente com os nossos programas globais de recarga e reciclagem nas lojas, faz da The Body Shop um destino para clientes com espírito ético”.
Os esquemas de recarga e reciclagem marcam os primeiros passos das empresas em direcção a um modelo de economia circular. Isto ajudará a reduzir o plástico e outros resíduos, quer em armazém, quer em casa.
A The Body Shop é realmente sustentável?
A The Body Shop foi fundada em 1976 por Anita Roddick. Tornou-se uma das primeiras empresas de beleza a dar ênfase a ingredientes vegetarianos, não testados em animais e sustentáveis.
Apesar de atualmente comercializar produtos contendo ingredientes de origem animal, a cadeia rotula claramente os seus artigos como aptos vegetarianos.
Ao longo dos anos, a empresa tem feito parcerias com ONG’s e organizações activistas, tais como a Amnistia Internacional e a Greenpeace. A própria Roddick, que faleceu em 2007, permaneceu veementemente contra padrões de beleza irrealistas na indústria, em geral.
Porém, a The Body Shop também recebeu algumas críticas relativas a “green washing”. A empresa opõe-se particularmente aos sindicatos e tem sido criticada por pagar mal aos seus funcionários.
Em 2006, a The Body Shop foi comprada pela L’Oreal, a maior marca de cosméticos e beleza do mundo e uma empresa com uma longa e controversa história de testes em animais, má conduta corporativa, falsa publicidade e discriminação, levando algumas entidades e pessoas a boicotar a marca.
Apesar destas controvérsias, a The Body Shop também recebeu elogios pela sua rápida priorização de produtos e práticas cruelty-free. E Dame Anita Roddick continua a ser celebrada pelo seu papel pioneiro na indústria da beleza e cosmética.
Adaptado da página LIVEKINDLY
Traduzido por Ana Luísa Pereira
