O objetivo do estudo foi o de analisar a realidade dos comportamentos e percepções dos cidadãos no que toca às ementas vegetarianas das cantinas públicas em Portugal, e o seu nível de disponibilidade.
Segundo Nuno Alvim, que integrou o movimento que deu origem à Lei nº 11/2017 e a equipa de coordenadores do estudo: “A adoção de um regime alimentar vegetariano, ou a decisão pela opção de uma ementa vegetariana configura uma situação em que a liberdade de escolha deve ser assegurada. Neste estudo ficou patente que ainda há aspetos a melhorar, nomeadamente ao nível de capacitar os cozinheiros para preparar refeições mais equilibradas e adequadas.”
Abaixo destacamos algumas das conclusões chave deste estudo, que pode ser consultado na íntegra aqui:
- A maioria dos inquiridos (66,1%) revelou conhecer a Lei nº 11/2017.
- Uma reduzida fração da totalidade dos participantes que completaram o inquérito (9,3%) não tem acesso à opção vegetariana.
- A vasta maioria dos participantes do inquérito que são utilizadores das cantinas públicas (estudantes, funcionários públicos, utentes e outros) reporta estar disponível uma opção vegetariana na instituição pública que utiliza: 55% indicam que a opção está prontamente disponível.
- Mais de metade dos inquiridos (64%) não está inteiramente satisfeito com a atual opção vegetariana à qual tem acesso, assinalando necessidades de melhoria ao nível do enriquecimento nutricional e na apresentação visual.
- No caso daqueles que não têm acesso à opção vegetariana, se esta estivesse disponível seria sempre a escolha da grande maioria dos inquiridos.
- A ampla maioria dos inquiridos (83,5%) revelou nunca ter apresentado uma reclamação perante a existência ou inadequabilidade da opção vegetariana.
- Nenhum dos inquiridos apresentou reclamação dirigida à ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica).
- A maioria dos inquiridos considera que a ementa que lhes seria mais apelativa é a que é descrita detalhadamente e a que dispensa rótulos identificadores, com o termo “vegetariano”.
- Praticamente todos os inquiridos concordam que os profissionais das cantinas públicas beneficiaram ao receber formação em cozinha vegetariana (95,5%).
O Relatório “Opção vegetariana nas cantinas públicas. Um retrato da realidade.” é inteiramente gratuito, e pode ser consultado aqui.