Disponibilidade alimentar e alimentação dos portugueses
A análise da Balança Alimentar Portuguesa (BAP) para o período de 2016-2020 indica um aumento de 8,7 % nas disponibilidades de carne, em comparação com o período anterior, culminando numa média de 229,8 gramas por dia por habitante (1). Este dado aponta para um consumo excessivo de produtos de origem animal, incluindo carne, pescado e ovos, em detrimento de frutas, hortícolas e leguminosas (1).
De acordo com o Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF), 44% da população consome mais de 100 gramas de carne por dia (2). Segundo a FAO, Portugal está entre os países que mais consomem carne na Europa e no mundo (3).
Comparação com as recomendações alimentares
Roda dos Alimentos
Segundos os dados do BAP, no período de 2016-2020, o aporte calórico médio diário proveniente de carnes, por habitante, foi de 428,6 quilocalorias, o que excede em mais de quatro vezes a quantidade recomendada pela Roda dos Alimentos para o grupo que inclui carne, pescado e ovos(1)
Segundo os dados de IAN-AF 2015-2016, face à Roda dos Alimentos Portuguesa, a população, em Portugal, está a consumir mais 12 p.p. de carne, peixe e ovos e mais 6 p.p. de lacticínios, mas menos hortícolas (-8 p.p.), fruta (-7 p.p.) e leguminosas (-2 p.p.)(2).
Organização Mundial da Saúde (OMS)
De um modo geral, a análise das disponibilidades alimentares, em Portugal, revela desvios significativos em relação às recomendações internacionais relativas a uma alimentação saudável e quanto à contribuição dos macronutrientes para o aporte calórico. O consumo excessivo de gorduras saturadas e açúcares adicionados é particularmente preocupante, associado a um maior risco de doenças cardiovasculares e outras condições crónicas(4-7). Adicionalmente, o consumo insuficiente de hortícolas e frutas resulta no défice de nutrientes essenciais, sendo que metade da população portuguesa (56%) não cumpre a recomendação da OMS de consumir mais de 400 g/dia de fruta e hortícolas (equivalente a 5 ou mais porções por dia)(2).
Cancro em Portugal – prevalência e tipos mais comuns
O cancro é a segunda principal causa de morte em Portugal, após as doenças cerebrovasculares(8). Em 2022, Portugal registou mais de 66 mil novos casos de cancro. As incidências de cancros da próstata (21%), colorretal (17%) e pulmão (12%) foram mais comuns entre os homens portugueses, enquanto os cancros da mama (31%), colorretal (14%) e tiroide (7%) representaram mais de metade de todos os novos casos de cancro entre as mulheres(8). Considerando ambos os sexos, o cancro colorretal é o mais comum, sendo também um dos que mais está relacionado com a alimentação(9). De acordo com as previsões do GLOBOCAN 2022(10), Portugal poderá enfrentar um aumento de 17% nos casos de cancro até 2045, resultando em mais de 81 mil novos diagnósticos, sendo que os cancros da próstata, mama e cólon deverão continuar a ser os mais prevalentes(10). Em termos de mortalidade, prevê-se um aumento de mais de 30% no número de óbitos até essa data(10).
Principais causas de cancro
Embora múltiplos fatores, incluindo genéticos e ambientais, contribuam para o desenvolvimento do cancro, cerca de 44,4% de todos os cancros são evitáveis, sendo que os principais fatores de risco são: tabaco, álcool, obesidade e alimentação (11, 12).
Em Portugal, o mais recente relatório do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável de 2024, que teve como base os resultados de 2021 do Global Burden Disease Study (13), confirma este impacto dos hábitos alimentares inadequados (associados ao elevado consumo de carne vermelha e de carnes processadas, bem como ao baixo consumo de hortícolas), do excesso de peso e da obesidade sobre o aumento do risco das neoplasias e outras doenças crónicas(14, 15).
Para combater este cenário, a Estratégia Nacional de Controlo do Cancro 2030 de Portugal, que começou a ser implementada pelo governo em 2023, coloca ênfase na redução dos casos de cancro evitáveis através da minimização da exposição a carcinógenos e da promoção de estilos de vida mais saudáveis(16).
Alimentação de base vegetal – papel na prevenção do cancro
É bem conhecido que o consumo excessivo de carne vermelha e processada, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados está associado a um maior risco de cancro colorretal e outras doenças crónicas(17-19). A evidência que relaciona diferentes padrões alimentares, como dietas vegetarianas, ao risco de cancro ainda são limitadas (20).
De acordo com dois grandes estudos de coorte prospectivos que examinaram a relação entre padrões alimentares e o cancro, bem como outras doenças crónicas — o European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition (EPIC-Oxford) (21) e o Adventist Health Study-2 (AHS-2)(22) — os vegetarianos apresentaram uma menor incidência de todos os tipos de cancro: 10% e 8% menos risco, respetivamente, em comparação com não vegetarianos. Em ambos os estudos, a diferença foi ainda mais acentuada quando comparados vegetarianos estritos com não vegetarianos, resultando numa redução do risco de 18% e 16%, respetivamente(21, 22).
Além disso, algumas meta-análises de estudos observacionais mostraram reduções na incidência total de cancro, variando de 8%(23) a 13%(20), com a dieta estritamente vegetariana a proporcionar uma redução ainda maior, de até 15%(23). Revisões abrangentes que integram as melhores evidências disponíveis — incluindo revisões sistemáticas e meta-análises — confirmam que, de modo geral, dietas vegetarianas estão associadas a uma redução do risco de desfechos negativos para a saúde, incluindo o risco de cancro(24, 25).
Tipos de cancro específicos
Em relação a tipos específicos de cancro, as evidências são mais limitadas.
Uma meta-análise que incluiu mais de 3 milhões de participantes concluiu que dietas de base vegetal têm um papel protetor contra o risco de neoplasias do sistema digestivo, especialmente do pâncreas, cólon e reto(26). Por exemplo, o risco de cancro do pâncreas foi reduzido em cerca de 29%, enquanto o risco de cancro colorretal e retal foi reduzido em 24% e 16%, respetivamente(26).
Na coorte AHS-2, observou-se uma redução de 24% na incidência de cancros do trato gastrointestinal associada à dieta vegetariana em ambos os sexos. (27) Entre os indivíduos que seguiam uma dieta estritamente vegetariana, verificou-se uma diminuição de 34% na incidência de cancros específicos do sexo feminino (27) e uma redução de 35% no risco de cancro da próstata nos homens (28). Outra coorte, realizada no Reino Unido, mostrou que mulheres vegetarianas apresentam menor risco de cancro da mama na pós-menopausa e homens vegetarianos evidenciam menor risco de cancro da próstata (29).
Que características da dieta de base vegetal podem estar associadas ao menor risco de cancro?
Estilo de vida e controlo do peso
As pessoas que seguem uma dieta de base vegetal evitam o consumo de carne e parecem adotar, frequentemente, outros estilos de vida saudáveis (27, 30). Entre estes comportamentos, destaca-se a prática regular de atividade física(27), que, por si só, tem um efeito protetor contra o cancro(31). Além disso, uma dieta baseada em vegetais pode contribuir para um melhor controlo de peso(32), sendo este um fator importante pois a obesidade é conhecida por aumentar o risco de diversos tipos de cancro(33). A combinação de uma alimentação baseada em vegetais com um estilo de vida ativo pode contribuir para a redução do risco de cancro.
Qualidade da alimentação
Dietas vegetarianas são frequentemente ricas em alimentos como hortícolas, frutas e cereais integrais, que possuem fatores nutricionais, como vitaminas, minerais e fibras (34), que têm um efeito protetor sobre a saúde. A inclusão diária desses alimentos na dieta tem sido associada a uma redução do risco de várias doenças crónicas, incluindo alguns tipos de cancro (35). Por exemplo, a ingestão de fibras provenientes de cereais, frutas e leguminosas está associada a uma redução significativa no risco de cancro colorretal, variando entre 7% e 38%, dependendo da fonte da fibra (36, 37). Adicionalmente, aumentar o consumo diário de três porções de cereais integrais está associado a uma redução de 17% no risco (36). No caso do cancro da mama, uma dieta rica nestes alimentos está ligada a uma redução geral de 9% no risco, e a uma diminuição de 12% no risco especificamente entre mulheres pós-menopáusicas(38).
Consumo de proteínas vegetais
As leguminosas são uma das principais fontes de proteína para quem segue uma dieta de base vegetal. Pesquisas indicam que as pessoas que consomem mais proteínas vegetais tendem a adotar hábitos de vida mais saudáveis e a ter uma dieta de melhor qualidade em comparação com aquelas que consomem menos proteínas vegetais (39).
Adicionalmente, há evidências de que as leguminosas oferecem uma proteção significativa contra o cancro em geral, com destaque para os cancros da próstata, mama e cólon (42-47). Por exemplo, um estudo sugere que indivíduos que consomem feijão pelo menos duas vezes por semana têm um risco 42% menor de desenvolver cancro do cólon, comparativamente àqueles que comem feijão menos de uma vez por semana (43).
A soja, em particular, tem sido associada a efeitos protetores contra o cancro, em grande parte devido às isoflavonas, compostos com propriedades anticancerígenas(44, 45). Estudos epidemiológicos sugerem que a maior incidência de determinados tipos de cancro, como cólon, mama e próstata, em populações ocidentais pode estar ligada à ingestão limitada de isoflavonas (48). Por outro lado, uma maior ingestão de isoflavonas foi associada a um risco 29 % menor de cancro da mama (49). Dois estudos verificaram que o consumo de soja antes e depois de um diagnóstico de cancro da mama poderá diminuir o risco de mortalidade e de recidiva (46, 47), com efeitos protetores observados em todos os subtipos da doença, antes e depois da menopausa (46).
Proteína Verde
A iniciativa Proteína Verde (proteinaverde.pt) promove a transição para um sistema alimentar que privilegie fontes de proteína de origem vegetal, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a saúde pública. A promoção da produção de leguminosas, que são ricas em proteínas, fibras, vitaminas e minerais, contribui para a diversificação de culturas, redução do uso de energias fósseis e diminuição das emissões de gases de efeito estufa, sendo que estas requerem menos água em comparação com outras fontes de proteína.
Conclusão
O cenário alimentar em Portugal reflete um desequilíbrio nutricional, caracterizado por um elevado consumo de calorias, de carne, e uma ingestão insuficiente de frutas e hortícolas. Esse padrão alimentar pode contribuir para o aumento dos casos de cancro no país, sendo que o consumo elevado de carne vermelha e processada está particularmente associado a várias formas de cancro.
O consumo de alimentos que são a base de um padrão alimentar vegetariano, como frutas, hortícolas, leguminosas e cereais integrais, tem demonstrado efeitos benéficos na redução do risco de vários tipos de cancro, incluindo os mais comuns em Portugal. Estes alimentos apresentam fatores nutricionais que têm impacto positivo sobre a saúde tanto por mecanismos intrínsecos dos nutrientes, como pelo efeito da substituição alimentar. O aumento do consumo desses alimentos resulta numa menor ingestão de ácidos gordos saturados e colesterol, enquanto promove uma ingestão superior de fibra e fitoquímicos com propriedades anticancerígenas.
Em suma, aumentar o consumo de alimentos de origem vegetal, privilegiar proteínas vegetais e reduzir o consumo de produtos de origem animal pode contribuir significativamente para a redução da incidência de cancro e outras doenças crónicas.
Artigo da autoria de Laila Sultan, licenciada em Ciências da Nutrição (4444NE)
Revisão técnica por Gabriel Mateus, licenciado em Ciências da Nutrição, Mestre em Nutrição Clínica e Professor e Fundador da Eat2Care
Referências:
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