Uma revisão científica de estudos de larga-escala , envolvendo uma ampla amostra de mais de 1.5 milhões de pessoas, sugere que a taxa de mortalidade de quem consome carne diariamente, particularmente carne vermelha ou processada, é mais elevada.
Os autores analisaram 6 grandes investigações anteriores que avaliaram os efeitos de uma dieta vegetariana por oposição a uma dieta baseada no consumo de carne. As recomendações destes estudos são no sentido de reduzir o consumo de produtos animais e consumir-se mais alimentos vegetais.
Uma das investigações de meta-análise (síntese de todos os estudos prévios) examinadas neste estudo data de 2014, com uma amostra de cerca de um milhão de pessoas, onde se chegou à conclusão que as carnes processadas aumentavam o índice de mortalidade.
Mais tarde, em Outubro de 2015, a Organização Mundial da Saúde viria a reconhecer a validade deste achado, classificando as carnes processadas como cancerígenas, e as carnes vermelhas como potencialmente cancerígenas.
Por outro lado, este estudo chega à conclusão, com base na análise de toda a evidência prévia, que uma dieta à base de plantas melhora vários parâmetros de saúde, estando relacionada com uma redução do risco de doença cardiovascular, de diabetes, e da pressão arterial.
Os autores concluem ainda, com base em todos os dados analisados, que uma dieta vegetariana pode aumentar a esperança média de vida em 3,6 anos, em média.
O estudo foi publicado na revista “Journal of the American Osteopathic Association”, em Maio de 2016.
Referência:
Heather Fields, Denise Millstine, Neera Agrwal, Lisa Marks. Is Meat Killing Us? The Journal of the American Osteopathic Association, 2016; 116 (5): 296 DOI: 10.7556/jaoa.2016.059