De acordo com um relatório da consultora de negócios Grand View Research (GVR), calcula-se que o Mercado do couro vegan valha 85 mil milhões de dólares em todos o mundo até 2025.
A procura por couro livre de crueldade animal tem aumentado exponencialmente e as empresas de calçado, mobiliário e até de automóveis estão desejosas por acompanhar esta tendência.
Grandes empresas como a Tesla ou a Ferrari estão a desenvolver interiores de automóveis vegan-friendly e empresas startup como a Piñatex estão a criar substitutos inovadores para o couro, feitos a partir de materiais à base de plantas como a fibra de folhas de ananás.
De acordo com o relatório da GVR, espera-se que a China, Brasil, Malásia, Tailândia e Vietnam desempenhem um papel importante no futuro deste Mercado.
As opções ao couro vegan já foram, outrora, consideradas como sendo de baixa qualidade e muito frágeis, mas agora os inovadores dispõem de tecnologia desenvolvida para criar alternativas de alta qualidade e duradouras que são muitas vezes preferidas aos produtos de origem animal.
De acordo com a PETA os animais da indústria do couro enfrentam condições de confinamento extremo, castração não anestesiada, corte de caudas e de cornos. Muitos animais, incluindo vacas, ovelhas, cabras, porcos, crocodilos, cobras e cangurus, são criados ou caçados especificamente por causa das suas peles.
PORQUE É ERRADO USAR COURO?
A crescente consciencialização dos consumidores relativamente às condições que a indústria do couro oferece aos animais é um factor que tem vindo a impulsionar o crescimento do Mercado do couro vegan, diz a GVR.
De acordo com a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) os animais da indústria do couro enfrentam condições de confinamento extremo, castração não anestesiada, corte de caudas e de cornos. Muitos animais, incluindo vacas, ovelhas, cabras, porcos, crocodilos, cobras e cangurus, são criados ou caçados especificamente por causa das suas peles.
O couro de origem animal também afecta o planeta. O jornal The Huffington Post explica que “os produtos químicos altamente tóxicos” são utilizados para impedir que os cadáveres das vacas se decomponham, “transformando-os em algo que desafia a natureza: num cadáver de um animal que nunca irá decompor-se.”
Estes produtos químicos são “horríveis” para o meio ambiente, para os trabalhadores da indústria e para os que vivem nas proximidades dos curtumes. O jornal destaca também uma declaração do Centro de Assistência Jurídica da China às vitimas da poluição, referindo-se a um rio existente nas proximidades de uma fábrica de curtumes: “Há alguns anos os moradores podiam nadir no rio. Agora eles ficam com bolhas nas mãos e nos pés por tocar na água.(…) Quando estamos perto do rio, podemos sentir o cheiro da carne podre porque a fábrica descarrega os seus desperdícios de carne e pele de animais, sem nenhum tipo de tratamento, no rio.”, diz o comunicado.
os produtos químicos altamente tóxicos são utilizados para impedir que os cadáveres das vacas se decomponham, transformando-os em algo que desafia a natureza: num cadáver de um animal que nunca irá decompor-se.
COURO VEGAN
O relatório da GVR afirma que o couro vegan está cada vez mais idêntico ao original. As alternativas livres de crueldade começam a substituir a “bom passo” os produtos de origem animal na produção de malas, maletas, interiores automóveis, mobiliário e vestuário.
Sapatos feitos a partir de couro vegan – como os da Marks & Spencer, Linda McCartney e Native Shoes – dominam o mercado da moda livre de crueldade, representando 73% das compras.
Em Junho foi relatado que a procura por materiais sustentáveis e livres de crueldade está a fazer com que a insdústria do couro esteja a passar por uma das maiores quebras dos últimos tempos.
Artigo original: https://www.livekindly.co/vegan-leather-market-set-worth-85-billion-2025/