Uma animadora percentagem de 60 % dos consumidores afirma que comem alimentos saudáveis durante a maior parte do tempo (ou sempre), com um número crescente de pessoas a identificarem-se como vegetarianos ou veganos. Mais de um em cada cinco (22 %) dizem consumir alimentos de base vegetal (ou veganos), o que representa um valor acima dos 17 % registados em 2019.
O interesse em experimentar uma dieta de base vegetal também está a crescer em todas as faixas etárias, com 40 % da Geração Z, 43 % da Geração Y, 37 % da Geração X e 28 % dos Baby Boomers a relatarem estarem muito interessados em experimentar um estilo de vida mais direcionado para o consumo de produtos de base vegetal.
Os consumidores pagariam mais por alimentos saudáveis e sustentáveis
Quase nove em cada dez consumidores (89 %) dizem que comprar alimentos saudáveis e ambientalmente responsáveis é importante para eles. Dois terços (64 %) afirmam que estão dispostos a pagar mais por esses produtos, apesar do atual cenário de custo de vida.
“O público [em geral] está a começar a perceber a escalada da crise climática e ambiental e os perigos que isso traz para a vida e para o quotidiano, à medida que [este problema climático] coexiste com épocas de pandemia, a guerra na Ucrânia e a aceleração da crise do custo de vida. Embora os consumidores entendam os problemas, cabe a todos [os intervenientes] no sistema alimentar agir agora.”, defende Dr. Gunhild Stordalen, referindo-se à necessidade das entidades, organizações e decisores políticos intervirem em prol da mitigação do impacto que o sistema alimentar tem no ambiente e ecossistemas, mas também ao nível da segurança alimentar, já que o acesso a uma alimentação adequada desempenhará, num futuro próximo, um papel crítico, como mostrou a primeira edição deste relatório, no ano passado.
Dr. Gunhild Stordalen prossegue: “O EAT-Lancet 2.0 ajudará a reunir a ciência mais recente, sobre diferentes matérias, para construir um consenso sobre as metas para sistemas alimentares saudáveis, sustentáveis e equitativos. Isto é fundamental para se poder flexibilizar ainda mais as principais linhas de tendência na direção certa”.
“Esta pesquisa oportuna fornece informações sobre como o aumento dos preços dos alimentos, a invasão ilegal da Rússia na Ucrânia e as alterações climáticas exacerbaram os medos dos consumidores sobre a insegurança alimentar”, comenta Chris Coulter, CEO da GlobeScan.